Benjamin Constant conheceu Maria Joaquina Bittencourt Costa (1848-1921) no Imperial Instituto dos Meninos Cegos, instituição da qual era professor e que tinha como diretor o médico Claudio Luís da Costa, que se tornaria seu sogro. Benjamin Constant se casou com Maria Joaquina em 1863, tendo ele 26 anos e ela apenas 15 anos de idade.
O casal teve 8 filhos, sendo que destes dois meninos faleceram ainda nos primeiros anos de vida. Os filhos do casal foram: Aldina (1864-1938), Adozinda (1866-1942), Alcida (1869-1957), Leopoldo (1870-71), Benjamin (1871-1901), Bernardina (1873-1928), Claudio (1875-78) e Araci (1882-1961).
Aldina Constant Botelho de Magalhães, a primeira, nascida em 1864, casou-se com o alemão Karl Fraenkel, teve cinco filhos, e veio a falecer em 1938.
Adozinda Constant Botelho de Magalhães, nascida em 1866, casou-se com Álvaro Joaquim de Oliveira, com quem teve nove filhos, e faleceu em 1942.
Alcida Constant Botelho de Magalhães, nascida em 1869, casou-se com José Bevilaqua, com quem teve 11 filhos. Bevilaqua foi um dos principais responsáveis pela família após a morte de Benjamin Constant. O casal ficou na casa da família e cuidou da matriarca, Maria Joaquina, até seu falecimento, em 1921. Um dos netos é avô do General Pery Constant Bevilaqua, figura da maior importância na família na década de 1960. Alcida faleceu em 1957.
Bernardina Constant Botelho de Magalhães, nascida em 15 de abril de 1873, casou-se com João Albuquerque de Serejo, com quem teve 10 filhos. Autora de um pequeno livro compilado a partir de seus diários, que nos cativa para um mundo muito diferente do nosso, em fins do século XIX, onde registrou o dia a dia de sua família e também durante o período da Proclamação, o que o torna um documento histórico importante. É das figuras mais conhecidas da família por isto mesmo. Construiu uma casa ao lado da casa da família que se chama “Casa de Bernardina”, hoje sede de nosso museu. Falecida em 1928, apenas 7 anos após sua mãe, Maria Joaquina.
Aracy Constant Botelho de Magalhães, nascida em 1882, perdeu seu pai com apenas 9 anos. Não se casou, portanto não teve filhos. Residiu na casa da família desde seu nascimento até sua morte em 1961, contando com 79 anos. Após seu falecimento, seu sobrinho neto, o General Pery, solicita ao SPHAN o retorno do terreno e das casas para a União com vistas à transformação no futuro Museu Casa de Benjamin Constant.
Seus irmãos, que não sobreviveram, tiveram as seguintes breves biografias:
Leopoldo H. de Magalhães, primeiro filho homem que nasce em 1870, logo depois de Alcida, falece no ano seguinte.
Benjamin Constant Filho, nasce em 1871, tem uma vida curta e um tanto conturbada, falece em 1901, aos 30 anos, sem se casar nem deixar herdeiros, em circunstâncias não esclarecidas.
Claudio Botelho de Magalhães , nasce em 1875, antes de Aracy, mas igualmente não resiste às doenças infantis da época e falece logo em 1878.
Ainda é necessária muita pesquisa para esquadrinhar todo o universo de fotos, cartas e documentos guardados em nossos acervos histórico, fotográfico e museológico para percebermos o tanto que essas meninas, moças e mulheres têm a nos dizer com o legado de muitos escritos. As partituras de suas valsinhas, polcas e outras músicas para piano e violino, seus bilhetes, seus comentários, suas brincadeiras que ainda hoje estão por aqui, guardadas em tantos formatos. A força de mulheres que construíram a história de uma família que é particular, mas que também é de muitos. Exemplo para todo um povo.